quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Porque devo orar?

“Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola,
para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre
e nunca desanimar” (Lucas 18.1)

Por que não oramos se a Bíblia insiste em dizer que nós, filhos de Deus, devemos orar? Com tantos exemplos maravilhosos de oração nas Escrituras por que será que nosso coração não é atingido ou afetado por eles? Onde é que estamos falhando quando não oramos?

Há muitas coisas que nos afastam da oração como, depressão espiritual, falta de disciplina, insensatez na organização do tempo. Porém, quero falar sobre um motivo que tem atrapalhado, e muito, a nossa vida de oração, a saber: o raciocínio equivocado sobre a soberania de Deus. É comum encontrarmos alguém que, sem conseguir discernir a responsabilidade que nos cabe neste mundo de Deus, diz: “Deus não sabe nossas necessidades antes mesmo de pedirmos? Ele não faz todas as coisas segundo o propósito de sua vontade soberana (Ef 1.11) ? Então por que devo orar se Ele já sabe tudo e fará tudo segundo sua vontade?”

Os que raciocinam assim não consideram o fim para o qual o Senhor ordenou a oração. Porém, antes de analisarmos algumas razões pelas quais devemos orar, cumpre dizer que algo está muito errado em nosso raciocínio teológico se ele nos leva para longe da oração. D. A. Carson tem razão: “O crente levemente ingênuo mas entusiástico, pode ter mais experiência na oração do que o teólogo que pensa muito sobre a oração”.

Obviamente, a saída não é parar de pensar sobre a oração ou sobre a soberania de Deus, mas pensar corretamente, considerando de antemão pelo menos duas coisas básicas. A primeira é que a soberania de Deus não foi revelada para produzir cristãos fatalistas que nunca oram. A segunda é que Deus, de fato, causa notáveis mudanças em nós e no mundo em resposta à oração. Nas palavras do teólogo Wayne Grudem: “Deus determinou que a oração fosse um meio bastante importante de gerar resultados no mundo. Quando sinceramente intercedemos por uma pessoa ou situação, muitas vezes descobrimos que nossa oração serio o meio que ele usaria para gerar as mudanças no mundo”. Cf. Tiago 4.2, João 16.24


Não podendo considerar todas as razões para orarmos, por ora apresentarei pelo menos quatro. Todas foram dadas pelo teólogo João Calvino (1509 – 1564) nas Institutas da Religião Cristã, em um longo capítulo em que o teólogo de Genebra aborda especificamente a questão da oração (o maior capítulo das Institutas, diga-se de passagem). O título do capítulo é bem sugestivo: “Da oração, que é o principal exercício da fé, por meio da qual recebemos a cada dia os benefícios de Deus”. Escolhi Calvino propositalmente: é que alguns acreditam, ingenuamente, que um cristão que enfatiza a soberania de Deus não teria nada a dizer sobre a oração. A palavra está com o reformador:
“Portanto, embora Deus vele e esteja atento para conservar-nos, mesmo quanto estamos distraídos e não sentimos nossas misérias, e se bem que às vezes nos socorre sem que lhe roguemos, não obstante nos importa muito invoca-lo de contínuo”.

1) Inflamar nosso coração.

“A fim de nosso coração inflamar-se num constante desejo de buscá-lo, amá-lo e honrá-lo sempre, acostumando-nos a acolher-nos somente nele, em todas as nossas necessidades, como em um porto seguríssimo”.

2) Desenvolver o espírito de gratidão.

“A fim de nos preparar para receber seus benefícios e favores com verdadeira gratidão de coração e com ações de graça, já que, pela oração, damo-nos conta de que todas essas coisas vêm de sua mão”.

3) Desfrutar com alegria os favores de Deus.

“Da mesma forma, para, uma vez que alcançamos o que lhe pedimos, convencermo-nos de que ouviu nossos desejos, e por eles sermos mais fervorosos em meditar em sua liberalidade, e ao mesmo tempo desfrutarmos com maior alegria dos favores que nos fez”.

4) Confirma a providência divina.

“A fim de que a contínua experiência confirmem em nós sua providência, compreendendo que não somente promete que jamais nos faltará, que por sua própria vontade nos abre a porta para que, no momento da necessidade, possamos apresentar-lhe nossa petição, e que não nos enleva com vãs palavras, mas nos socorre e ajuda realmente”.
É isso galera! Espero que vocês consigam, pela graça de Deus, desenvolver uma vida de oração e busca pelo Deus que veio ao nosso encontro em Jesus Cristo. Não deixe de orar, pois como alguém pode negligenciar um tesouro, deixando-o enterrado e escondido na terra?

Autor: Daniel Grubba
Fonte: [ Soli Deo Gloria ]

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Catedral do Rio: 150 anos


Por Cibele Lima

Um pouco de história
A Primeira Igreja Presbiteriana do Brasil, a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro foi fundada em 12 de janeiro de 1862, marco inicial da Igreja Presbiteriana do Brasil, sob a orientação do missionário Ashbel Green Simonton, pastor de 26 anos, recém chegado dos Estados Unidos, que fundou a igreja recebendo em profissão de fé os primeiros dois membros da nova igreja.

Em maio de 1867, a igreja passa a se reunir em um local onde atualmente o imóvel incorpora a propriedade do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Neste edifício funcionava uma Escola de Alfabetização de Adultos, um Salão de Culto, um depósito de livros e o pioneiro que teve como primeiros alunos os reverendos Antônio Bandeira Trajano, Modesto Carvalhosa e Miguel Torres.
Como o salão de culto estava comprometido, ameaçando cair, a Igreja passou a se reunir em um prédio onde hoje é a atual rua Visconde do Rio Branco. Este foi o quinto local.
Depois da morte de rev. Simonton, um novo e último local foi designado para a instalação da Igreja. Rev. Alexander Latimer Blackford adquiriu uma propriedade por treze contos de réis em dezembro de 1870. A igreja permanece neste endereço até hoje, na rua Silva Jardim.
Com ofertas de irmãos de igrejas presbiterianas dos EUA, somadas com as ofertas e doações dos irmãos do Rio de Janeiro, foi possível construir um local mais apropriado para o culto e para a reunião dos fiéis. Ainda não era possível chamar templo, pois as leis do Império Brasileiro não permitiam que religiões diferentes da religião oficial do Estado, o Catolicismo Romano, construíssem locais de culto com arquitetura litúrgico-religiosa.

Assim, em 29 de março de 1874, foi inaugurado em culto solene o primeiro “Templo” Presbiteriano no Brasil. Coube ao Rev. Alexander Latimer Blackford a construção deste primeiro templo.

A História continua

Em 22 de agosto de 1926 foi instalado no Pastorado Efetivo da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, o Rev. Mattathias Gomes dos Santos. Verificando o estado do Templo, ele refaz o projeto de construção de um novo edifício; para isso convidou o Arquiteto Ascânio Viana, que projetou o novo local de culto. Assim, selecionando fotografias de templos e catedrais da Europa e da América, escolheu - se construir um templo em estilo neogótico.

Com a jubilação (aposenta-doria) do Rev. Mattathias Gomes dos Santos em 1947, assume o Pastorado da Igreja o seu Pastor Auxiliar, o Rev. Amantino Adorno Vassão. O tempo passou e o revestimento externo em pó de pedra e os belos ornatos cederam e precisaram de uma primeira restaura-ção em 1960. Em 12 de agosto de 1976 foi concluída a obra complementar.

Passados cerca de 30 anos das primeiras obras realizadas, o templo precisava de uma nova restauração. Em 1981, rev. Guilhermino Cunha assumiu o pastoreio da Catedral. Dentre muitas realizações destacam-se a restauração e conclusão do Projeto do Eng. Ascânio Viana, um sonho que muitos fiéis do passado esperavam.

Em 1989 rev. Guilhermino, junto com a Comissão de Obras, resolveu iniciar a restauração do Templo. Seguindo o projeto original de 1927, com o auxílio de fotografias antigas do templo, o arquiteto e urbanista Diác. Josias Alves de Souza iniciou um estudo construindo protótipos dos ornatos para auxiliar na reforma. “Erguendo as torres para a glória de Deus”, este foi o título da exitosa campanha.

Em 07 de julho de 2002, em culto solene, o Pastor da Igreja declarava concluída a restauração do Templo da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro. As flechas sobre as torres nunca antes construídas, torreões e a fachada posterior foram feitas e refeitas para glória de Deus e testemunho do Evangelho.

*Informações extraídas do site da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro. Para saber mais acesse www.catedralrio.org.br.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Uma faxina ou limpeza geral

Por rev. Dario Pereira

“No passado, todas essas coisas valiam muito para mim: mas, agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor... joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com ele” Fp 3.7s.

Quando mudamos de um lugar para outro temos um grande benefício, fazemos uma faxina ou limpeza geral de muitas coisas que julgamos uteis e que com o passar do tempo perderam o valor, já não valem nada. Quem não fica aliviado em fazer a faxina.

O apóstolo Paulo usa este exemplo para ilustrar que Cristo é a prioridade absoluta na sua vida. Refere-se aos seus valores anteriores, antes de conhecer a Cristo. Não devemos entender que devemos desprezar os ganhos sociais, profissionais, econômicos, intelectuais... Em outra oportunidade Paulo recomenda: “reter o que é bom” e diz mais “ouvimos dizer que há, entre vós, pessoas que vivem como os preguiçosos... em nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos com insistência a essas pessoas que VIVAM DE UM MODO CORRETO e que trabalhem para se sustentar” 2Ts.3.11s. Viva a diferença, depois da conversão temos novos valores ou novas prioridades. Tudo que temos deve ser canalizado para GLÓRIA DE DEUS.

Nesse começo de um novo ano... é hora da faxina... eliminar tudo que está impedindo você de glorificar a Deus, de andar na obediência a mensagem da Palavra de Deus(Bíblia), de praticar os ensinos de Cristo, de evangelizar mais, de amar mais, de ver melhor as obras da natureza e desfrutar delas, de participar mais da Igreja que só será perfeita no céu...., de orar mais, de cooperar uns com os outros ou caminharmos juntos sendo o povo que Deus quer que sejamos. (At 2.32). O grande desafio é fazer a faxina nas nossas muitas atividades, correrias, eventos, reuniões, compromissos sociais,viagens, passeios, conflitos... classifiquemos numa ordem de prioridades, colocando Jesus Cristo em “ primeiro lugar, a sua justiça porque as demais coisas serão acrescentadas”.

Nossa Igreja passa por várias mudanças e nesta transição temos grandes desafios... vamos juntos fazer a faxina dos entulhos que impedem maior crescimento espiritual e juntos buscarmos cooperar para que nossa Igreja continue firme no seu testemunho, sendo uma IGREJA CINCO ESTRELAS:

1) FIEL A CRISTO;
2) FIRMEZA NA PALAVRA;
3) PERSEVERANTE NA EVANGELIZAÇÃO;
4) FORTES NA COMUNHÃO E NA ORAÇÃO;
5) CONVICTOS DA VOLTA DE CRISTO.

Somos um povo presbiteriano em todo o Brasil, 150 anos de fiel testemunho, não sejamos negligentes com a nossa tão grande missão em nossa cidade. Recebamos o novo ano com gratidão a Deus, e juntos, com as novas prioridades de nossas vidas e da igreja, vamos todos glorificar a Deus.

No dizer do Apóstolo Paulo, no passado algumas coisas tinham muito valor, mas agora que servimos a Cristo, temos novas prioridades.

Fonte:http://www.ipb.org.br

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O lado B do BBB

Análise de Nátsan Matias* para Rádio IPB

No estilo do apresentador do BBB, lá vai meu comentário:

“O que nos faz chamar de heróis...”, quem nada fez de bom para nos salvar da mediocridade?

“O que nos faz ficar de olhos vidrados nas lentes...” da jaula humana que nada tem de utilidade?

“Ah! Que coisa espantosa ver...” como declinamos na cultura; que faz do ser humano apenas um objeto de observação.

“Ah! que coisa é essa que...” toma de assalto a capacidade de criticar o que é obviamente uma desinformação?

Pois não é que no lugar dos assuntos importantes do país, como a corrupção, o descaso com a saúde, a violência, a droga do crack que avassala famílias... Jornais nacionais, locais e até internacionais tratam o tal programa, como se fosse um assunto de segurança nacional, pela qual a humanidade deveria permanecer de vigília.

Como diz o apresentador mor em sua frase preferida... ”Eles entram na nossa casa como ilustres desconhecidos e depois de alguns capítulos ‘tá’ todo mundo...” achando que aquilo é tudo que o brasileiro pode almejar ser: meros corpos lutando, a todo custo, para ganhar o seu milhão.

A gente fica a favor do ficar, da enganação, do malandrão, da falsa amizade. A gente torce... Salva cada tipo de comportamento... A gente, na verdade, fica menos inteligente a cada nova edição.

“Psiu!!! Vai começar...” Pasmem a décima segunda edição.

“Psiu!!!” Desliga isso, vai ler a Bíblia, um livro edificante, um jornal com problemas reais para serem discutidos.

“Psiu!!!” Aperta o off da TV e vá viver, sem o BBB!

Rev. Natsan Matias é pastor presbiteriano e professor no Seminário Brasil Central, em Goiânia.

Fonte: Portal da IPB http:www.ipb.org.br

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Culto dia 31/12/2011

Como de costume, estivemos reunidos no dia 31/12, para nosso culto de virada de ano. Foi uma benção, foram momentos de extrema alegria e comunhão com o Pai. Vejam alguns momentos: